segunda-feira, 28 de maio de 2007

Oposição marca presença no dia 23 de maio

No ato do dia 23 de maio convocado em Brasília pela CUT, CONLUTAS, Intersindical, MST, UNE, CONAM, MTST, MTL, ... Seis mil trabalhadores do campo, cidade, servidores públicos e juventude realizaram uma grande manifestação contra as reformas neoliberais do governo Lula.

A tentativa da CUT e outros governistas de defender o governo Lula e de restringir o ato à defesa do veto presidencial à Emenda 3 foi um fracasso!!! Os discursos em sua maioria atacavam as políticas do governo, os projetos de reforma da Previdência e proibição das greves!!!



Rodrigo Dantas, professor de Filosofia da UnB, falando pela Conlutas, alertou: “Essa é apenas uma pequena demonstração do que faremos daqui pra frente contra as reformas neoliberais desse governo, especialmente a da Previdência”.


Enquanto vários estudantes secundaristas e universitários - entre eles representantes de grêmios, CA's e o coletivo “Nada será como antes” OPOSICÃO ao DCE/UnB - denunciavam as reformas neoliberais do governo Lula e principalmente a Reforma Universitária, NINGUÉM da atual gestão governista “Para Todos” do DCE/UnB apareceu!!! Nem a UNE deu as caras!!!


Luiza Oliveira, estudante de Sociologia da UnB e participante do coletivo “Nada será como antes”, falando como colaboradora da Conlute, apoiou a luta dos trabalhadores, denunciou a Reforma Universitária e as demais reformas neoliberais do governo Lula e ainda fez um chamado à CUT e UNE para que rompam com o governo e passem a lutar ao
lado dos trabalhadores e estudantes.
Isso mostra mais uma vez quem são os estudantes que defendem o ensino público e de qualidade, que não se calam diante dos ataques do governo e que estão na luta pela defesa dos seus direitos e dos trabalhadores!!!


Catharina Lincoln - História UnB

domingo, 20 de maio de 2007

Manifesto

Nada Será Como Antes!
Oposição ao DCE...
Contra a Reforma Universitária Privatizante
Em Defesa da UnB
Somos estudantes que acreditam que só com a independência de organização e mobilização estudantil é possível encontrar um novo caminho pra UnB. A defesa da educação pública sempre foi feita com muita disposição e combatividade pelo movimento estudantil. Queremos resgatar essa tradição.
Somos oposição à atual gestão do DCE e da UNE, que esqueceram seu passado de lutas, perderam sua independência e são defensores dessa reforma universitária, que aprofunda de forma irreversível o desmonte da universidade pública.
Somos oposição a essa gestão de DCE, sobretudo, por suas práticas políticas antidemocráticas e despolitizadoras , desmoralizando o movimento estudantil e seus espaços.
UnB 45 anos, indo de mal a pior!
A UnB faz 45 anos, mas não tem o que comemorar. A reitoria faz uma campanha para mostrar que estamos indo bem e vamos melhorar. Já os fatos nos mostram o contrário: a situação vai de mal a pior.
Não é à toa que, em todos os semestres, disciplinas importantes deixam de ser ofertadas na UnB: faltam mais de 300 professores. Por conta da falta de verba nos departamentos os projetos de pesquisa e extensão ficam comprometidos, muitos laboratórios e equipamentos estão defasados e sem condições de uso e as pesquisas de campo vão deixando de existir. Poucos estudantes conseguem as bolsas de pesquisa que inclusive possuem valor muito abaixo do necessário. E para completar, a falta de segurança e a má iluminação do campus do plano piloto só favorecem os ladrões de carro e os estupros. Nesse semestre também acompanhamos a situação precária do hospital universitário de Brasília (HUB), que gerou a paralisação da pediatria e da emergência do hospital por alguns dias, prejudicando a população e os estudantes da Faculdade de Saúde.
Ficamos indignados com a forma como a reitoria trata a assistência estudantil: a casa do estudante da UnB (CEU) está completamente abandonada, a prova disso é o atentado contra os africanos (a reitoria se omitiu em relação aos problemas de convivência da casa dos estudantes e de outros casos de racismo na universidade); o número de bolsas permanência é muito pequeno; o RU não abre nos finais de semana e por ai vai.
A situação do campus de Planaltina é catastrófica. Não existe um plano diretor para o campus até hoje e a conseqüência desse fato é que a UnB Planaltina a partir de 2008 não poderá comportar mais estudantes. Sem contar que desde de sua criação o número de inscritos para o vestibular só está diminuindo, demonstrando que não houve nenhum diálogo com a população de Planaltina sobre os cursos que seriam oferecidos nesse campus. No primeiro vestibular de 2007 o problema ficou evidente, só 12 vagas das 40 foram preenchidas para o curso de ciências naturais.
O quadro é assustador, os cortes de verbas para a educação são de 4,1 bilhões desde 2003. E para piorar a situação vem aí a Reforma Universitária e a Universidade Nova.
Lutar contra essa Reforma Universtária. A UnB não está a venda!
A Reforma Universitária, proposta pelo governo Lula com apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da atual gestão do DCE-UnB, vem para destruir a Universidade Pública e vinculá-la ao mercado. Através de Decretos e Medidas Provisórias, já foram implementados importantes pontos do projeto: Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES/Enade), Lei de Inovação Tecnológica, PROUNI, EaD (ensino a distancia) e Decreto de Fundações. E já tramitam no Congresso três Projetos de Lei (7200/06; 4221/04; 4212/04) que estabelecem normas gerais da educação superior, reforçando todas estas iniciativas privatizantes.
Estes PL’s têm a clara intenção de diluir a fronteira entre o público e o privado, transformando a educação em um serviço e não mais em um direito. Para as federais, não há nenhuma garantia de aumento do orçamento, as propostas de percentual de verbas para o financiamento das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e para a Assistência Estudantil não ampliam os repasses de dinheiro de fato, mantendo-se insuficientes. Pela primeira vez na história do país é oficializada a participação do capital estrangeiro em instituições de ensino superior. Enquanto isso, o Ensino à Distância é implementado como meio principal de expansão de vagas (a UnB oferece cursos de artes cênicas, música, artes plásticas, biologia e química a distância).
Para combater essa Reforma Universitária privatizante, foi criada no dia 26 de março em São Paulo capital a Frente Nacional de Luta Contra a Reforma Universitária, reunindo mais de 1500 pessoas de todo o país. Mais de 200 entidades entre executivas de curso, DCE’s e CA’s constroem a Frente. Em Brasília existe o Comitê de Luta Contra a Reforma Universitária, encabeçado pela oposição do DCE-UnB, ADUnB, servidores da UnB e estudantes de outras faculdades.
A Reforma Universitária não é um projeto isolado, faz parte da aplicação de uma agenda neoliberal para o Brasil, sendo acompanhada de várias reformas estruturais que tem como objetivo fortalecer o crescimento do setor privado e do capital financeiro em detrimento dos direitos trabalhistas e das condições salariais e de trabalho do povo brasileiro. Podemos citar a reforma trabalhista, sindical, previdenciária, tributaria e mais recentemente o PAC que estabelece 10 anos de arrocho salarial para os servidores públicos, dentre eles os professores e os técnicos-administrativos das instituições federais de ensino superior (IFES).
Universidade Nova. Porque é necessário barrar?
A reitoria da UnB não perdeu tempo. Para se adequar à Reforma Universitária elaborou o projeto de Universidade Nova, cujas conseqüências seriam nefastas para a universidade. A proposta desmembra a formação acadêmica em várias etapas, cada qual com menos vagas que a anterior, além do que os estudantes competiriam entre si em vários processos seletivos (passaríamos a ter três “vestibulares”). As primeiras etapas seriam compostas por bacharelados interdisciplinares, com duração de dois e três anos, que proporcionariam uma formação geral muito rebaixada. O concluinte dessas etapas torna-se bacharel em Letras e Artes, Ciências da vida, Ciências humanas e Sociais ou Bacharel em Ciências Exatas. O projeto também não contempla a reivindicação histórica do movimento de educação de atrelar o ensino, a pesquisa e a extensão durante todo o tempo de vida acadêmica do estudante. Aonde poderia atuar um profissional com uma formação tão rebaixada e abstrata?
A meta é dobrar o número de estudantes na graduação presencial, sem a contratação adicional de professores e funcionários, levando a uma precarização ainda maior das condições de ensino e trabalho docente. O plano da reitoria é que já em 2008 entre em vigor a Universidade Nova na UnB.
DCE, “Paratodos”, mostra sua cara!
Muitos estudantes insatisfeitos opinam que o movimento estudantil da UnB perdeu sua força e representatividade. Se fossemos julgar pela atual gestão do DCE, “Paratodos”, esses estudantes teriam razão.
As gestões anteriores do DCE deixaram muito a desejar. Mas a atual gestão retrocede. A gestão “Paratodos” é a mais antidemocrática que a UnB já viu. Conseguiu a triste façanha de deixar o DCE mais de 7 meses de portas completamente fechadas e agora, as poucas vezes que está aberto é por causa – Pasmem! – de bolsistas pagos pela reitoria. A gestão “Paratodos” demorou 8 meses para enviar a lista dos novos representantes discentes dos conselhos superiores da UnB. Deixar o DCE de portas fechadas e esvaziar os fóruns do movimento estudantil é a maneira que eles acharam para tentar desmobilizar os estudantes, no momento em que acontecem várias discussões sobre reforma universitária.
Da incompetência à intransigência, coordenadores do DCE passaram, também, à violência. Quando um estudante entregou a coordenadores do DCE uma charge com uma crítica política, foi respondido com socos e golpes de garrafa. O resultado: 80 pontos nas costas.
Ao invés de uma gestão que promova assembléias, debates, seminários, atos, mobilizações, campanhas...Temos uma gestão que apenas terceiriza suas festas. Os estudantes que votaram neles foram abandonados e com certeza estão decepcionados. A atual gestão do DCE virou as costas para os estudantes e para a UnB!
Apesar do DCE os estudantes não ficaram parados!
Temos uma opinião diferente daqueles estudantes que acham que o movimento estudantil da UnB perdeu sua representatividade e sua combatividade. Por fora do DCE os estudantes se mobilizaram. Prova disso é que esse semestre foi bastante movimentado.
No início do semestre tivemos várias atividades, entre elas: a semana de luta contra a reforma universitária, construída pela oposição ao DCE-UnB em conjunto com a associação de docentes da UnB (ADUnB) e técnicos-administrativos; diversos CA’s organizaram atividades e debates sobre a reforma universitária; os CA’s também foram responsáveis por convocar a única assembléia estudantil em dois semestres; e os estudantes organizaram, em conjunto com o movimento negro, um ato com mais de mil pessoas repudiando o atentado contra os africanos e pedindo melhorias para CEU. Por causa das mobilizações, os moradores da casa do estudante e o movimento negro obtiveram conquistas importantes, obrigando a reitoria a intensificar suas políticas contra o racismo na UnB, atender a reivindicação antiga de reformar a CEU e cumprir o termo de compromisso, assinado em 2005 após a ocupação da reitoria, aumentando a bolsa permanência para 300,00 reais. É necessária a unificação de todos os estudantes na luta pela universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Convocamos todos os estudantes para construir um novo movimento estudantil, independente do governo e da reitoria, lutador e radicalmente democrático.